Estamos
no mês natalino. Apesar de não ser a data correta, pois não
se sabe ao certo em que dia o Senhor Jesus nasceu, até
porque não há uma data específica registrada na Bíblia, o
dia 25 de dezembro, tradicionalmente, é considerado o dia do
seu nascimento.
Por isso, é um dia comemorado e festejado por todos.
Para muitos, Natal é um dia especial em que pessoas
viajam para rever parentes e amigos. Para outros,
Natal é promover festas, é uma oportunidade para se
deixar extravasar os desejos da carne. Para uma
criança, é uma data desejada e esperada com muita
ansiedade para se ganhar presentes.
Talvez, para muitos, o Natal seja um momento do ano em que
as famílias se reúnem para se alegrar e agradecer a Deus por
mais um ano que se passou. Para os empresários e
comerciantes, é um dos eventos festivos do ano que abre o
maior espaço para vendas em todos os aspectos.
Na verdade, o Natal que a humanidade comemora
tem pouco a ver com o nascimento de Jesus.
Biblicamente, Ele nasceu um dia em Belém da
Judeia. Seu nascimento foi singular, simples e
humilde. Em Belém nasceu Jesus, a parte humana,
a carne do verbo, as vestimentas de carne e
ossos com as quais o verbo se cobriu para que
pudéssemos ver a sua glória, Jo 1: 1-3.
E para o cristão, o que é mesmo Natal? Festas,
presentes, compras, viagens, encontros familiares,
etc.
O cristão deve ter em mente que Natal para ele tem
um sentido profundamente espiritual, e não apenas um
sentido humano. Vejamos, então, o que podemos
aprender a respeito do Natal cristão, a partir do
registro feito por Mateus sobre o nascimento de
Jesus, em Mt 2: 1-1?
Natal é uma busca
constante do verdadeiro Jesus
constante do verdadeiro Jesus
Os magos que vieram do Oriente perguntaram: onde
está aquele que é nascido rei dos judeus? Sendo eles
incumbidos pelo rei Herodes a respeito do menino
Jesus, v. 8, partiram em busca do recém-nascido, Vv.
1 e 9.
Eles empreenderam uma longa viagem para encontrar-se com o
desejado das nações. Natal é, portanto, exatamente isso: uma
busca constante do verdadeiro Jesus. Hoje, muitos o buscam
de três maneiras distintas:
a) Buscam o Jesus que não é verdadeiro, de maneira errada:
os sacerdotes e os levitas que foram enviados pelos judeus
perguntaram a João Batista: Quem és tu? Eles buscavam o
Jesus verdadeiro, mas João Batista não o era, Jo 1: 19-20.
b) Buscam o Jesus verdadeiro de maneira errada: em Lucas 2:
48 e 49, seus pais o buscam em lugares em que Ele não estava
presente. Buscavam o Jesus verdadeiro, mas não o encontraram
onde fora procurado.
c) Buscam o Jesus
verdadeiro de maneira verdadeira: os magos
fizeram isso e o encontraram com a sua mãe, Mt
1: 11. Nossas irmãs, Maria Madalena, Joana e
Maria foram surpreendidas quando os anjos lhes
disseram: por que buscais entre os mortos quem
está vivo?
Graças a Deus porque o Jesus a
quem servimos é verdadeiro e está nos céus, à destra do Pai.
Devemos buscá-lo de todo o nosso coração, Mt 7: 7, enquanto
podemos encontrá-lo, Is 55: 6.
Natal é uma adoração
constante ao verdadeiro Jesus
constante ao verdadeiro Jesus
Os magos, guiados pela estrela que tinham visto
no Oriente, chegaram à casa de Maria, mãe de
Jesus, encontraram o menino, e, prostrando-se, o
adoraram. Um dos propósitos dessa longa viagem
era adorar a Jesus: viemos a adorá-lo, v.
2.
A adoração verdadeira é um dos aspectos relevantes do Natal.
Ou seja, não existe Natal sem o compromisso de adorar o
menino (Rei) Jesus. Portanto, Natal sem adoração ao Deus
Trino e Uno não é Natal. Nesse sentido, todos os dias podem
ser Natal, pois todo o dia podemos adorá-lo em Espírito e em
verdade, Jo 4: 24.
Porém, não é bem assim que acontece em nossos dias.
O mundo comemora o nascimento de Jesus com
bebedeiras, festas, etc. Este é o tipo de Natal sem
sentido, sem valor, sem espiritualidade e sem
aceitação divina, porque não alegra o coração de
Deus.
O Natal cristão precisa ser uma constante adoração ao
verdadeiro Jesus, que vive e reina para todo o sempre. É ir
à igreja não por um hábito, ou por mero costume, ou para ver
alguém, mas para adorá-lo com um coração preparado, Sl 108:
1.
Por isso, todo culto, quando o adorador se comporta diante
de Deus com adoração verdadeira, pode-se dizer que é dia de
Natal, pois Jesus está sendo reverenciado como o Deus-Filho.
Natal é abrir o coração
e oferecer presentes a Jesus
e oferecer presentes a Jesus
Os magos, depois de buscarem o menino Jesus,
encontrando-o, adoraram-no. Então, abrindo seus
tesouros, apresentaram-lhe presentes, tais como:
ouro, incenso e mirra, v. 11. Vejamos o que isto
pode simbolizar para o cristão:
a) Ouro:
metal precioso, amarelo e brilhante. Simboliza a realeza
de Jesus, ou seja, sua dignidade de Rei. Ele nasceu como
rei. Ele é o Rei da glória, Sl 24. Uns o conhecem como um
simples homem que marcou a História. Nós o reconhecemos e
adoramos como Rei dos reis e Senhor dos senhores.
b) Incenso:
resina aromática que se queimava na antiga
dispensação. Isto pode simbolizar o lado divino de
Jesus. Nesse aspecto, os magos estavam reconhecendo
Jesus como Filho de Deus. Quando o cristão aceita a
divindade de Jesus, ele está abrindo seus tesouros e
dando presentes a Jesus.
c) Mirra:
resina
odorífera, medicinal, produzida pelo
“balsamodendron”. Analisando o texto de
forma abrangente, nesse caso, mirra
poderá simbolizar sacrifício. Talvez
seja o sacrifício que eles (os magos)
empreenderam na longa jornada para ver a
criança recém-nascida.
Um dos maiores presentes que podemos dar a Cristo é
a nossa vida como sacrifício vivo, santo e agradável
a Deus, que é o nosso culto racional, Rm 12: 1.
Portanto, abramos nossos tesouros, nossos corações e
apresentemos ao Senhor Jesus nossas dádivas. Ele
merece. É Natal! Ele nasceu em nossas vidas,
aleluia!
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Fonte:
Jornal Aleluia de dezembro de 2008 - com
adaptações feitas pelo autor